Associação Livre parte I

Como parte de uma terapia psicanalítica decidi escrever, sem que o que eu fale tenha importancia alguma. Pelo menos acho eu, não que eu queira ser analisado por nenhum aspirante a Sigmund Freud ou um Jacques Lacan, apenas quero falar e falar, o por que sempre fico calado ouvindo muitas pessoas a me dizer várias coisas, desde besteiras estúpidas à histórias traumáticas. Há muitas histórias onde meu peito doi tanto, que chega quase a explodir. Assim como há baboseiras que faz meu minha cabeça entrar em curto.
O que posso dizer também de filmes que já assisti? Foram vários dos mais váriados gêneros, nenhum deles por mais dramático que fosse a história, nunca conseguiu arrancar se quer uma lágrima do meu rosto. É bem triste para mim por que me sinto como se fosse vazio, incompleto... Pode ser até patético, mas dúvido que não ter essa capacidade de chorar, nem que seja por um filme não seja angustiante, alias num é que eu não chore você já chorou por dentro? Quando sua tristeza faz com que você tenha uma sensação de que nem a pior dor física que já sentiu consegue ao menos explicar a essa dor de chorar por dentro? Mas será que Deus nós odeia, por ter nos feitos assim? Não! "Deus não nos odeia... Se odiasse não teria feito nosso coração tão forte."
Mas também me dei conta de que sofrimento faz parte da vida, e tenho que analisar como esse estágio está passando por mim; e como lidar com o fato do homem que não pode chorar, pois é uma fraqueza. A vida não é simples nem complexa a vida só é, o que você faz dela só você pode ditar.
O que tem de irônico nisso é que teve um ano de minha vida intera que não passei se quer um dia sem ao menos chorar, por problemas amorosos, por desesperanças com a vida, por não ser a diferença, por não querer fazer nada, por não reclamar de nada e por me lamentar de tudo. Existiram dias nesse mesmo ano que apenas me levantava e contava as horas para ir dormir de novo, foi então que percebi que isso era solidão e vazio, e foi então que comecei a não mais chorar, e assim até hoje não chorei...
O que gosto mais do filme vanilla sky é quando numa parte do filme o personagem principal enfrenta seu maior medo, o de altura e seu filminho passasse em sua cabeça, toda vez que olho essa cena vejo não um cara morrendo, mais metaforicamente ele sendo livre. Libertando-se para começar uma nova aventura na vida só que já conhecendo a si, sabendo de suas limitações, sabendo que os outros também tem sentimentos e o principal sabendo como é amar alguém.
A dádiva da vida é o amor? Sim, é o amor!