Ó, Lua Branca.

Antes mesmo de começar tal crônica viria eu pensando dentro do coletivo... O que seria então uma crônica? De era composta uma crônica, fui então me informar com livros, artigos. Estava eu lendo um livro do escrito João Clímaco Bezerra, quando em meio a um universo de ficção, olho para frente e vejo uma menina, que tinha a lá os seus 25 anos de idade, absorta em um guia prático de alguma coisa... Bem, o fato é que a aquela altura do campeonato o cansaço abatera a coitada debruçada em cima do livro, ela fecha seus olhos lentamente, os óculos que a mesma usava vai para o meio do nariz e a mesma mistura um mundo de sonhos e ficção do livro, pois sempre dava pulinhos de susto pensando que ainda estava acordada. Foi logo ai que no livro em que estava lendo apareceu um trechinho de Chiquinha Gonzaga "Ó, lua branca, por quem és, tem dó de mim..." Compadeci-me do mesmo cansaço que a menina dentro do coletivo, estava tão cansado que os olhos, mal ficavam abertos para ver as paradas, o coletivo lotado e os sons que a cidade grande emite no trânsito cheio. 
Antes de chegar em casa eu vi o céu, e uma parada antes de descer avistei um vasto mar de estrelas, me deu uma saudade alucinada de ver as estrelas, mas em outro local, pois parece que quando estamos perto demais das capitais as estrelas se apagam, e a cada dia as estrelas somem... Mas quando estamos em uma pequena cidade, elas multiplicam e deixam o céu mais brilhante, colorido e cheio de esplendor. Você chega a um torpor de tanta admiração aos céus...  "Ó, lua branca, por quem és, tem dó de mim..." 
Por fim, em meio a vários devaneios tolos, mergulhado em meus pensamentos e em uma nostalgia sem fim. Uma dor sem fim, uma ferida que nunca se fecha, longe demais das estrelas, longe demais das capitais... 
 "Ó, lua branca, por quem és, tem dó de mim..."

  

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